Editorial #24

Nenhuma das pessoas que escreve ou escreveu para a Playback era nascida em 1974, mas sabemos bem o quanto devemos à revolução e o quanto ela deve à música. É difícil não cair em lugares-comuns, matutando sobre a liberdade que é podermos publicar os textos que bem entendermos ou debitando listas de artistas e canções-protagonistas quer do evento, quer da memória que subsiste dos anos que precederam e sucederam àquela madrugada tão linda.

Não me quero alongar.

Nesta edição, juntamo-nos aos coros de quem celebra a democracia e a liberdade oferecidas pela revolução de 25 de Abril de 1974 com um olhar a quatro tempos. Em conversa com Ana Margarida Paiva, Joana Alegre partilha o seu novo trabalho, enquanto reflete sobre a pluralidade da música nacional atualmente. Miguel Rocha viaja pela cultura noturna enquanto palco de luta política nos dias que correm. Ana Leorne visita o Château de Hérouville, berço da tríade de álbuns que, em 1971, deixava adivinhar que a mudança estava perto. E, finalmente, Luís Freitas Branco propõe uma atualização do repertório que encerra o cânone musical da revolução, com sugestões musicais alternativas para a celebração desta data, a vitória mais importante do povo português.

25 de Abril sempre.

O primeiro artigo que escreveu sobre música eletrónica foi para o jornal da escola. Continuou a escrever, passou por uma grande promotora, mas foi na rádio que alimentou a maior paixão. A sua voz atravessou a antena de quase uma dezena de estações, mas teve residência permanente na Oxigénio durante cerca de cinco anos. Mais tarde, fundou o Interruptor. Atualmente é uma das responsáveis pela campanha Wiki Loves Música Portuguesa.
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